quarta-feira, 25 de julho de 2012

Crepe integral


Oieee!!!

Estou tentando levar uma vida mais natural, principalmente na alimentação. Um dos meus objetivos é substituir, em tudo o que eu conseguir, a farinha branca por integral.

Em post anterior coloquei a minha receita de bolo de banana integral, que, após muita adaptação, ficou maravilhosa (pessoa modesta, kkkk)!!!

Ontem queria testar a essa receita de crepe integral (queria testar minha frigideira nova também...) e resolvi fazer o recheio com aquilo que eu tinha na geladeira. Como eu faço a comidinha da minha bebê, só tinham verduras e alguns enlatados (palmito, milho e ervilha)... Então pensei, porque não tentar uma receita veg?




Coloquei além de cenoura, abobrinha e brócolis, milho, palmito e fiz um "molhinho" branco light...

O que achei dessa receita (clique aqui):
Tem que colocar bastante sal, pois eu coloquei só uma pitada e ficou fraco (acho que é por causa do iogurte natural)...
A massa fica bem consistente e consequentemente difícil de espalhar, na próxima vez eu colocarei um pouco de leite...
Quando vamos dobrar em formato de crepe a massa “quebra”, mas isso eu não sei como fazer...hehehe
O recheio tem que ser bem saboroso, quem sabe frango e requeijão, ou outra mistura mais gostosa!



De qualquer forma, ficou bom...

Quem tentar depois me conte como ficou (não esqueçam de acrescentar um pouco de leite)...

Baci

terça-feira, 24 de julho de 2012

Revistas Literárias

Olá...

Eu não tenho muito costume de ler revistas... Não sei, não gosto... Não tenho o costume de ler e depois consultar...

Mas revistas literárias eu tenho algumas, mas nunca parei para pensar em quais são boas ou não, simplesmente, quando ia às bancas (raramente, diga-se de passagem) e via algo que me interessava,  eu comprava... Simples assim...

Depois de assistir à um dos vídeos daquele blog que eu tanto amo e sempre cito, O Batom de Clarice, onde a Ju falou com muita propriedade, como sempre, sobre as revistas literárias, eu fui atrás das minhas para analisa-las.

Realmente tenho que concordar com a Ju em afirmar que a melhor revista literária era a extinta Entre Livros. Tanto é, que fui correndo atrás de algumas edições que me interessavam em sebo, que, inclusive acabaram de chegar:


Estou pensando até em comprar as edições faltantes, pois não comprei todas... Se alguém se interessar, ainda há sites com exemplares à venda, corram!!!!

No video da Ju, fiquei louca pela edição que falava sobre Ulisses, salvo engano é a número 2... Mas agora quero todas, hehehe.

Lembrando que existem ainda várias revistas literárias no mercado, boas também, mas nada que se compare à Entre Livros, são mais superficiais e as análises não são tão aprofundadas!!!

E vocês gostam de revistas? Quais são as preferidas?

Baci


quarta-feira, 18 de julho de 2012

Bolinho de fubá molhadinho com café

Olá!!!

Esses dias ia receber meus pais, minha irmã e minhas sobrinhas para almoçar e fiquei pensando em algo para servir de sobremesa e também na hora do café... Então pensei, café combina com bolinho de fubá... mas tem que ser pequeninho... Aí veio a ideia de fazer uns mini cupcakes de fubá!!! E para servir de sobremesa pensei em fazer uma cobertura de doce de leite...

Aí está o resultado:


Os que eu servi com café ficaram assim (só com um "fubazinho" por cima):


 E aqueles que foram servidos como sobremesa:



Hoje eu testei a receita com goiabada cascão cortada em cubos, ficou maraaaaa.... só que da próxima vez colocarei menos goiabada.... quase não tinha fubá para contar história!!!

Baci dolci...



terça-feira, 17 de julho de 2012

Se eu fechar os olhos agora, de Edney Silvestre

Se você fechar os olhos agora, qual é a primeira coisa que lhe aparece?

Para mim é o mar... Estou tão precisando de um descanso, que somente o mar me acalenta!!!

Esse é o título e o início do livro do jornalista Edney Silvestre, Se eu fechar os olhos agora...



Gosto muito de assistir ao programa Espaço Aberto Literatura, que agora se chama Globonews Literatura (creio eu...), cujo apresentador é o jornalista Edney Silvestre. Até então enxergava-o como jornalista apenas, no máximo apresentador, mas nunca como escritor. Então me deparei com esse livro na casa da minha mãe que me despertou a curiosidade.

O romance Se eu fechar os olhos agora ganhou o prêmio Jabuti de 2010 de melhor romance e também o Prêmio São Paulo de Literatura de 2010 como o melhor livro de autor estreante.

Como o próprio autor ressalta, o livro contém elementos de três gêneros, sem, contudo, poder ser classificado como um deles: relato histórico, narrativa policial e romance de formação.

A história fascina, ao menos aos meus olhos, pois envolve dois meninos de 12 anos, idade das descobertas e curiosidades, mas ao mesmo tempo, inocência.

Tudo começa quando os dois amigos, meninos de 12 anos, encontram um cadáver de uma mulher muito bonita. Não satisfeitos com a solução oficial para o crime, eles então passam a “investigar” o assassinato, com ajuda de um idoso, comunista e ex-preso político. A partir daí passam a descobrir toda uma trama política, redes de corrupção e depravação sexual que fazem com que os meninos amadureçam, embora de forma dolorosa (uma espécie de romance de formação – Bildungsroman). E passam a descobrir também que o Brasil que eles imaginavam era na verdade bem diferente
Narrativa entrecortada, com bastante fluxo de consciência, e alguns pontos de vistas dão ao romance um tom contemporâneo.

Mistura de romance policial, pois a Anita, embora desde o início apareça morta, irá estar constantemente presente na narrativa, sendo considerada pelo próprio autor (Edney Silvestre), a personagem principal.

Há também diversos relatos históricos, como a valorização da indústria nacional, permeados por uma ironia inteligente
“E se no Brasil, refletia, neste Brasil novo em que surgiam indústrias, estradas, empregos, e se neste Brasil novo, mesmo sendo uma democracia como os professores ensinavam, onde nós, o povo, temos eleições livres e decidimos quem vai nos governar, e se neste Brasil houvesse poderes, forças que ele não sabia dizer quais eram, ou o que eram, nem tampouco apontar onde estavam, e se as houvesse, essas forças, esses poderes capazes de decidir o destino dele, sem que ele pudesse intervir?” (p. 182).

O que é revelado aos meninos e aos leitores:
- corrupção política;
- corrupção da sociedade
- depravação sexual;
- coronelismo;
- vestígios do antigo sistema econômico escravagista e preconceituoso;
- patriarcalismo;
- racismo;

Inclusive o racismo acentuado chega a incomodar em certos momentos. O livro já começa em caracterizar os meninos por suas aparências físicas: “A bicicleta do menino moreno, enferrujada e com mossas [...]”; “Na do outro menino, comprido, claro e mais magro, a marca inglesa ainda era nítida no eixo central [...]” (p. 13);
E também serviu para descrever outros personagens, como o pai de Paulo (um dos meninos): “Sangue ruim, dizia o homem louro espadaúdo, sangue ruim, repetia, apertando os olhos azuis sob cílios tão claros que às vezes pareciam brancos [...]” (p. 25)
“Ah, não, Eduardo! É muito pior se a menina for preta. Uma menina branca pode ser adotada, viver com uma família, estudar e tudo o mais. Uma preta vai morrer no orfanato.” (p. 100)

Embora o final seja meio fraquinho, o livro é envolvente e cativante, e eu recomendo!! Mereceu todos os prêmios!!!

Baci

segunda-feira, 16 de julho de 2012

Projeto social de incentivo à leitura e minibibliotecas livres


Oie...
        
Gente que projeto legal... Saiu na Gazeta do Povo de hoje uma matéria sobre o Projeto Freguesia do livro, um dentre tantos responsáveis por implantar bibliotecas comunitárias, fazendo livros circularem entre diversas pessoas, inclusive catadores de lixo de Curitiba.

A ideia é bem original: transformação de caixas de frutas e livros usados em uma ação de incentivo à leitura...

Projeto Freguesia do livro


Para ler a reportagem completa, clique aqui!

Para conhecer mais sobre o projeto Freguesia do livro, acesse aqui!

Nessa reportagem também comentaram outro projeto muito legal, é a chamada minibiblioteca. É como se fosse uma caixinha de correio, um pouco maior, que ficam guardados os livros e qualquer um pode tanto pegar emprestado, como deixar um livro... Não existem regras. Não há prazo de entrega, não há multas nem carteirinhas. Qualquer um pode emprestar e devolver um livro quando quiser, sem pedir para ninguém.

Gentem... eu amei a ideia!!! Se eu morasse em casa com certeza faria... Dizem que esse tipo de biblioteca existe muito na Europa... fofo demais!!!

Será que essa cultura daria certo no Brasil? 






Baci

sábado, 14 de julho de 2012

Receita do bolo integral de banana

Olá...

Segue então a receitinha do meu bolo integral de banana.
Qualquer dúvida, perguntem, pois não sei se ficou claro...


Ingredientes
2 xícaras de farinha de trigo integral
1 xícara de açúcar mascavo
3 ovos
1 xícara de leite semi-desnatado
½ de xícara de óleo
1 colher de sobremesa de fermento em pó
Canela em pó a gosto
6 a 8 bananas caturras bem maduras (quanto mais bananas, melhor)

Farofa da cobertura (a quantidade vai depender do gosto de cada um)
6 a 8 colheres de sopa de farinha de trigo integral
1 colher de sopa bem cheia de manteiga sem sal levemente derretida
6 a 8 colheres de sopa de açúcar (eu misturo açúcar refinado e mascavo)
Canela a gosto

Modo de preparo
Bata as claras em neve e reserve. Bata o açúcar com as gemas até ficar uma mistura bem homogênea e bem clarinha. Acrescente a farinha, o leite e o óleo alternadamente. Coloque a canela e o fermento. Adicione as claras em neve, misturando suavemente com uma colher. Despeje a massa em forma untada com margarina e farinha. Corte as bananas ao meio e depois no sentido do comprimento e vá colocando na massa (eu coloco bem na metade da massa e bem pertinho uma da outra). Por fim coloque a farofa por cima de tudo.

P.S. os segredos do bolo: bater bem, e colocar muitttaaaa banana!!!




Ótimo final de semana para todos!!!

Se alguém testar, conte como ficou!!!

Baci

sexta-feira, 13 de julho de 2012

Presentes da Shakespeare and cia

Olá...

Então, enfim meus pais voltaram de viagem e me trouxeram presentinhos da Shakespeare and Cia de Paris.


Um livro sobre Paris, na verdade é um sketchbook, que até então nunca tinha ouvido falar... É muito lindo gente... Não sei se nas fotos vai dar para ter uma noção, mas é um livro em papel especial, próprio para ser desenhado... e o texto também é escrito no próprio livro, muito fofo!!!!





Os desenhos são de Fabrice Moireau e o texto Mary A. Kelly.

O outro livro é o clássico Hamlet, de Shakespeare!!! Uma edição lindaaaaa, com a lombada dourada... para colecionadores. 


Baci

segunda-feira, 9 de julho de 2012

Bolo integral de banana

Gentemmmmm....

Virou minha especialidade!!!
Quem quiser a receita é só pedir que coloco aqui no blog...
Todo mundo que provou ficou maravilhado!!!!



Baci

domingo, 8 de julho de 2012

As flores da guerra, filme mara...


Antes de mais nada, já falei em post anterior que não entendo de cinema, nem tenho a pretensão de analisar filmes aqui como crítica, apenas deixo alguns comentários de filmes que gostei (sim, eu não comento filme que eu não gostei....) e filmes que, de alguma maneira, dialogaram comigo.

Gentemmmmm, que filme lindo!!!!



Já gostei pelo título (principalmente porque foram fiéis na tradução...)....

Amei também rever meu queridíssimo Christian Bale, que desde O império do Sol é um dos meus atores favoritos, ever... Fofíssimo, amo!!!



Filme dirigido por Zhang Yimou (Clã das Adagas Voadoras), baseado no romance da escritora sino-britânica Yan Geling, The Thirteen Flowers of War. Antes de assistirem ao filme, tenham em mente a existência de uma invasão japonesa da China, conhecida como a 2ª guerra sino-japonesa, quando as tropas do Império do Sol Nascente, com objetivo de expandir seus domínios além do Pacífico, invadem a cidade de Nanquim, em 1937 e matam milhares de civis, dentre eles, mulheres e crianças (também conhecido como o Massacre de Nanquim).



O filme inicia então nessa noite da tomada de Nanquim pelas tropas japonesas, e mostra um grupo de meninas de 13 anos, estudantes de um convento, correm pelas ruas da cidade chinesa até chegar à Igreja Winchester e se juntar ao filho adotivo do falecido padre, George, até então responsável pelo convento e pelas meninas.

A Igreja também servirá também de abrigo para o americano John Miller (Christian Bale), coveiro, que tinha sido contratado para realizar o enterro do padre e a um grupo de prostitutas (as 13 flores da Guerra). Lá, eles terão que, além de despistar os japoneses, tentarem uma convivência pacífica, enquanto arquitetam a sua fuga da cidade.

Os efeitos visuais da guerra são bem realistas, somos colocados bem próximos das pessoas que têm seus membros amputados ou cabeças explodidas por tiros, o que, ao mesmo tempo choca, pois é muita violência, retrata com realismo aquele que foi considerado um dos maiores massacres da História.

O jogo de cores também é fascinante, pois há contrastes entre o cinza da guerra com o colorido dos vitrais e das belas cortesãs, com seus batons vermelhos.

Mas não é só Bale que contribui para o enriquecimento da trama, deve ser dado destaque também para a pequena Shujuan Meng (Xinji Zhang), (espécie de narradora) e da interpretação aliada a beleza da líder das cortesãs, Yu Mo (Ni Ni).


O filme trata, além das dores da guerra, sobre superar preconceitos e traumas, e, principalmente, sobre colocar-se no lugar do próximo. 

O único defeitinho é que é longo, mas vale a pena!!!

Baci

sexta-feira, 6 de julho de 2012

S. Bernardo, Graciliano Ramos

Enfim, S. Bernardo!!!!




Gente, tudo o que eu for falar sobre S. Bernardo, são impressões pessoais e alguns conhecimentos básicos acerca da obra e do autor... Não tomem esses comentários como únicos e incontestáveis, ok?

Primeiramente, tenho que falar algumas poucas palavras sobre Graciliano Ramos: nascido na cidade de Quebrangulo, no interior de Alagoas em 1892, tendo vivido os primeiros anos de sua vida em várias cidades do Nordeste; a partir de 1915 viveu em Palmeiras dos Índios, Alagoas novamente, cidade em que chegou inclusive a ser eleito prefeito, no ano de 1927; esquerdista; preso político na ditadura de Getúlio Vargas; com grande preocupação social (demonstrada em alguns de seus livros, inclusive em S. Bernardo)

O protagonista de São Bernardo é Paulo Honório. Retrato da pessoa infeliz, que buscou, sem sucesso, a felicidade por meio da fortuna e posse. Homem que vivia para oprimir os mais fracos e desprotegidos. Por fim, ele mesmo admite ter se tornado (ou ser) um bruto e egoísta: “Madalena entrou aqui cheia de bons sentimentos e bons propósitos. Os sentimentos e os propósitos esbarraram com a minha brutalidade e o meu egoísmo” (p. 221). Paulo Honório é insensível, cuja “vida agreste” lhe deu uma “alma agreste”: “O que estou é velho. Cinquenta anos pelo S. Pedro. Cinquenta anos perdidos, cinquenta anos gastos sem objetivo, a maltratar-me e a maltratar os outros. O resultado é que endureci, calejei, e não é um arranhão que penetra esta casca espessa e vem ferir cá dentro a sensibilidade embotada” (p. 216). Sua linguagem capitalista retrata o que ele é apenas, uma pessoa interessada em posses, lucro, vantagens: “- Devia ter feito economia. 
São todos assim, imprevidentes. Uma doença qualquer, e é isto: adiantamentos, remédios. Vai-se o lucro todo.” (p. 111).

A obra é classificada como romance psicológico, voltado para o interior das personagens. Entretanto, não se pode descartar o retrato da sociedade que é feito por Graciliano Ramos, ou seja, a realidade externa também é explorada na obra. A sociedade rural é mostrada com certo detalhe, a eterna discussão acerca da propriedade da terra, e outros conflitos sociais e até políticos, também aparecem com frequencia em S. Bernardo.

Favores Políticos: “Escola! Que me importava que os outros soubessem ler ou fossem analfabetos?” (p. 50). “De repente supus que a escola poderia trazer a benevolência do governador para certos favores que eu tencionava solicitar” (p. 51);

Papel da imprensa: “- E querendo defender-se, tem cá o Cruzeiro, insinuou Azevedo Gondim. Pode escrever. Ou então escrevo eu, ou escreve o Nogueira. Infelizmente o Cruzeiro circula pouco. Mas é o que temos. Disponha.” (p. 81).

Respeito aos poderosos: “Como a justiça era cara, não foram à justiça. E eu, o caminho aplainado, invadi a 
terra do Fidélis, paralítico de um braço, e a dos Gama, que pandegavam no Recife, estudando direito. Respeitei o engenho do dr. Magalhães, juiz.” (p. 49).

Em muitos momentos é enfatizado os aspectos ruins da sociedade, mas não de forma negativa (se é que isso seja possível), mas um despertar para os problemas do homem.

Uma coisa os estudantes de vestibular não podem reclamar, é a linguagem despojada em S. Bernardo, com aproximação muitas vezes da linguagem escrita da linguagem falada.

S. Bernardo é uma propriedade localizada no município de Viçosa, Alagoas.

O romance é escrito em 1ª pessoa (é o próprio Paulo Honório quem narra) e abusa da metalinguagem, o que eu adoro e me lembra um pouco o fofo do Machado de Assis, e assim é a primeira frase dele: “Antes de iniciar este livro, imaginei construí-lo pela divisão do trabalho.” (p. 07);

Na verdade trata-se das memórias de Paulo Honório (ele narra os fatos aos cinquenta anos de idade): “Há fatos que não revelaria, cara a cara, a ninguém. Vou narrá-los porque a obra será publicada com pseudônimo.” (p. 12). Adorei!!!!

O tempo da narrativa é não linear (não é uma narrativa cronológica, mesmo porque tratam-se de memórias): “De resto isto vai arranjado sem nenhuma ordem, como se vê” (p. 12); “Aqui existe um salto de cinco anos, e em cinco anos o mundo dá um bando de voltas.” (p. 48). A narrativa inicia pelo fim, eis que no inicio do capítulo III, Paulo Honório fala “Começo declarando que me chamo Paulo Honório, peso oitenta e nove  quilos e completei cinquenta anos pelo S. Pedro.” (p. 14).

Alguns personagens e adjetivos que eu atribui:

Madalena, a escolhida, pois “é sisuda, econômica, sabe onde tem as ventas e pode dar uma boa mãe de família.” (p. 102); O próprio Paulo Honório assim a descreve: “Madalena possuía um excelente coração. Descobri nela manifestações de ternura que me sensibilizaram. E, como sabem, não sou homem de sensibilidades. É certo que tenho experimentado mudanças nestes dois últimos anos. Mas isto passa.” (p. 121).  

Seu Ribeiro, o guarda-livros: “[...] um velho alto, magro, curvado, amarelo, de suíças, chamado Ribeiro.” (p. 44) – adorei esse adjetivos...; “Seu Ribeiro tinha setenta anos e era infeliz, mas havia sido moço e feliz.” (p. 44); Quando era moço, “Seu Ribeiro enraizou-se na capital. Conheceu enfermarias de indigentes, dormiu nos bancos dos jardins, vendeu bilhetes de loterias, tornou-se bicheiro e agente de sociedades ratoeiras. Ao cabo de dez anos era gerente e guarda-livros da Gazeta, com cento e cinquenta mil-réis de ordenado, e pedia dinheiro aos amigos.” (p. 46).

João Nogueira, o advogado, meio pedante: “João Nogueira lembrou-se de que era homem de responsabilidades. Bacharel, mais de quarenta anos, uma calvície respeitável. Às vezes metia-se em badernas. Mas com clientes só negócios. E a mim, que lhe dava quatro contos e oitocentos por ano para ajudar-me com leis a melhorar S. Bernardo, exibia ideias corretas e algum pedantismo.” (p. 53)

Dr. Magalhães, aquele que quer aplausos: “O dr. Magalhães é pequenino, tem um nariz grande, um pince-nez e por detrás do pince-nez uns olhinhos risonhos. Os beiços, delgados, apertam-se. Só se descolam para o dr. Magalhães falar a respeito da sua pessoa. Também quando entra nesse assunto não para.” (p. 73).
Ainda tem o Casimiro Lopes, o criado fiel, “corajoso, laça, rasteja, tem faro de cão e fidelidade de cão” (p. 19); Padilha, o parasita fofoqueiro; D. Glória, a sogra, “velha acanhada: sorriso insignificante e modos de pobre” (p. 85); entre outros maravilhosos... 

Baci

quinta-feira, 5 de julho de 2012

Sorteio #1 - Parte 2

Olá...

Creio que as regras para o sorteio tenham ficado claras.

Tentei entrar em contato com a primeira sorteada - Andreia Meireles - por duas vezes, no prazo de 48 horas (até um pouco mais...) e não tive resposta

Então realizei um novo sorteio, agora sem o nome dela:



A sorteada foi Manu Hitz, conforme o vídeo....

http://www.youtube.com/watch?v=-tml04PD1aw

Tentarei entrar em contato com você Manu!!!

Ah... ontem testei minha batedeira nova e realmente é muito boa!!!! Fiz uns cups para minhas sobrinhas...Só não tinha muito chocolate para fazer a cobertura, mas mesmo assim ficou dili...





Baci

quarta-feira, 4 de julho de 2012

Paris é uma festa





Oie...

Lembram que estava louca atrás desse exemplar, que inclusive era da minha mãe... No fundo a coitadinha acabou comprando outro para mim então resolvi colocá-lo em primeiro lugar na lista das leituras.

Assim, o livro é legal para aquelas pessoas que são: primeiro, apaixonadas por Ernest Hemingway, segundo, interessadas num período da vida desse escritor, quando era pobre em Paris, terceiro, curiosas por saber algumas particularidades da vida de escritores de língua inglesa...

Fora isso, o livro é bem mais ou menos... Escrito em capítulos pequenos, se assemelhando a pequenos contos...

O livro se torna interessante se você o utiliza como um guia para seguir os passos de Hemingway e outros escritores na Paris dos anos 20. Você pode ir a Paris e fazer os trajetos que eles faziam... ir nos cafés que eles frequentavam... ou seja, um passeio opcional para os amantes da Cidade Luz...

A desvantagem é que se você não é especialista em Literatura de Língua Inglesa pode ter dificuldade em entender algumas passagens, ou alguns personagens/escritores...

Algumas curiosidades de alguns escritores que até então não conhecia.

Gertrude Stein:
Movida a elogios: “[...] para ela conservar-se feliz era necessário que aquela produção constante, variável em função de sua energia, fosse publicada e ela recebesse aplausos” (p. 31); “Não consigo lembrar-me de ter ouvido Gertrude Stein falar bem de qualquer escritor que não tivesse escrito favoravelmente sobre sua obra ou feito alguma coisa para promover sua carreira, com exceção de Ronald Firbank e, mais tarde, Scott Fitzgerald” (p. 41)
Um pouco fora da realidade: “Miss Stein queria conhecer o lado alegre do que se passava pelo mundo; nunca o lado real, nunca o lado mau” (p. 39);

Ezra Pound:
Amigo generoso e leal: “Mas a verdade é que ele gostava de tudo o que seus amigos fizessem [...]”; “Ezra era muito melhor e demonstrava ter mais caridade cristã com as pessoas do que eu” (p. 126)

Scott Fitzgerald:
Além da aparência física muiiiiitttttoooo bem detalhada, ficamos sabendo que para ele bastava beber um pouquinho e apagar (literalmente)

Aliás, referência a bebida é o que mais tem no livro... affff

Sobre a semelhança entre o livro e o filme do Woody Allen que havia comentado, apenas com relação à Paris da década de 20 e a aparição de alguns dos escritores também citados por Hemingway. É sim uma forma de visualizar tudo o que foi dito por Hemingway, mas o enredo é beeeeem diferente. Mesmo assim, continuo dizendo que o filme vale muito a pena (Meia-noite em Paris)

Baci

segunda-feira, 2 de julho de 2012

Resultado do Sorteio #1

Olá...

Quero pedir desculpas pelo atraso do sorteio, eu realmente não me liguei que ontem já era dia 01 de julho.... O tempo tá passando muito rápido!!!! E estou envolvidíssima com minha dissertação (inclusive super ausente aqui do blog né?), mas agora falta pouco, mais uns 10 dias e a dissertação já vai para a revisora, ufa!!!

Bom, o sorteio foi feito a partir de um método revolucionário... de arcaico!!!
Mas deu certo...
Aqui está a foto da lista dos seguidores


Não sei se o vídeo ficou com o áudio bom, mas é só para garantir a licitude do sorteio:


A sorteada foi Andreia Meirelles!!!

Espere meu e-mail Andreia, e obrigada a todos que participaram.... 

Ainda tem o livro que quero doar hein? Alguém se habilita? As informações estão no post: Doação de livro!!!

Baci